A disputa pelo controle da Warner Bros. Discovery (WBD) ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira (8). A Paramount Skydance apresentou uma oferta pública de aquisição hostil avaliada em cerca de US$ 108,4 bilhões — proposta que coloca a empresa diretamente em choque com o acordo fechado dias atrás entre a Netflix e a WBD.

Na proposta, a Paramount oferece US$ 30 por ação, pagamento 100% em dinheiro, como forma de atração para os acionistas da Warner. Isso supera a combinação de dinheiro e ações da oferta da Netflix, que previa US$ 27,75 por ação para os estúdios da Warner e seus negócios de streaming.

Diferentemente do plano da Netflix — que visava aquisição apenas das divisões de estúdios, filmes e streaming — a oferta da Paramount contempla a compra da WBD na íntegra, incluindo canais de TV por assinatura (como CNN, TNT e Discovery) e outros ativos lineares.

O movimento foi descrito como hostil porque contorna a diretoria da WBD e vai direto aos acionistas. A Paramount argumenta que sua oferta entrega mais liquidez imediata e maior probabilidade de aprovação regulatória, criticando que o modelo da Netflix combinava diferentes formas de pagamento e dependeria de aprovações em múltiplas jurisdições.

Para os acionistas da Warner, a decisão precisa ser tomada até 8 de janeiro de 2026, prazo final para aceitarem a oferta da Paramount. Caso a WBD opte por romper o acordo com a Netflix, a empresa estaria sujeita a pagamento de multa estimada em US$ 2,8 bilhões.

As implicações vão além da disputa financeira: se a Paramount vencer, o resultado será a formação de uma nova potência midiática, com controle sobre estúdios, streaming, canais lineares e um portfólio extenso de franquias e conteúdos — cenário que poderá redesenhar o mercado global de entretenimento, com impacto sobre concorrência, regulação e distribuição de conteúdo.

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