Um grupo de ex-engenheiros da Meta decidiu seguir um caminho próprio e fundou uma startup, chamada de Sandbar. E o primeiro produto da empresa já chama atenção: o Stream Ring, um anel inteligente com IA que promete transformar a forma como registramos ideias.
A proposta é simples, mas curiosa. O anel funciona como uma espécie de gravador pessoal que cabe no dedo. Quando o usuário tem uma ideia, basta apertar um botão e, literalmente sussurrar. O Stream Ring registra a fala, envia o áudio para o aplicativo da empresa no celular e o converte automaticamente em texto.
A empresa afirma que o dispositivo aprende a reconhecer a voz do dono e é capaz até de responder com uma versão digital da própria voz do usuário, por meio do recurso chamado “Inner Voice”.

Segundo a Sandbar, o anel não fica “ouvindo” o usuário o tempo todo. Ele só é ativado quando o botão é pressionado, o que deve agradar quem se preocupa com privacidade. A ideia é criar uma forma mais natural e discreta de lidar com assistentes virtuais, sem a sensação de estar falando sozinho com o celular em público.
A equipe por trás do projeto é formada por ex-membros da CTRL-Labs, empresa de interface cérebro-computador que a Meta comprou há alguns anos por quase US$ 1 bilhão — ou seja, gente que entende de interação homem-máquina.
Mais recursos
Além de registrar notas de voz, o Stream Ring também serve como controle de mídia. É possível pausar ou avançar músicas com pequenos toques e até ajustar o volume deslizando o dedo. O design segue o estilo de um acessório tradicional, com corpo de alumínio, acabamento em prata fosca ou dourado, e resistência a respingos d’água. O aplicativo, por enquanto, está disponível apenas para iOS, mas a empresa promete uma versão para Android.

Na prática, o anel quer facilitar a vida de quem costuma ter boas ideias fora de hora, como no trânsito, na rua ou antes de dormir. É voltado para escritores, marketeiros, criadores e profissionais que vivem anotando insights e não querem perder tempo desbloqueando o celular para abrir um app de notas. O sistema da Sandbar também organiza automaticamente os registros, transformando gravações soltas em listas e lembretes.
O Stream Ring terá um plano gratuito com recursos básicos de gravação e transcrição, além de uma assinatura Pro de US$ 10 por mês que dá acesso a funções mais avançadas (que ainda não foram especificadas). Quem fizer a pré-compra recebe três meses do plano pago sem custo, como uma degustação. A bateria é um ponto de atenção, pois a empresa promete um dia inteiro de bateria, o que é suficiente para o uso cotidiano, mas abaixo de outros wearables que chegam a durar vários dias sem recarga.
Por outro lado, o foco da Sandbar não é competir com “anéis de saúde”, que medem o sono ou batimentos cardíacos. O objetivo aqui é produtividade. O produto chega em um momento em que o mercado de wearables com IA está esquentando, com os óculos inteligentes da Meta e rumores sobre um novo dispositivo da Apple no mesmo segmento.
Preço e disponibilidade
O acessório está em pré-venda por US$ 249 ( cerca de R$ 1.330 em conversão direta, a versão prateada) e deve começar a ser enviado em junho de 2026 nos Estados Unidos.
No fim das contas, o Stream Ring aposta em uma ideia simples: capturar pensamentos de forma instantânea e sem fricção. Pode não ser um acessório essencial, mas promete transformar aquele impulso de “anotar depois” em algo tão fácil quanto um toque no dedo, ou mesmo um sussurro para o próprio assistente.
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